Presença do papilomavirus humano em lesöes malignas de mucosa oral / Presence of human papillomavirus in malignant oral lesions

O objetivo deste estudo foi investigar a prevalência do papilomavírus humano 6/11 e 16/18 em pacientes, com lesöes orais clínicamente diagnosticadas como leucoplasias, atendidas na Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP, Brasil. Após a inclusäo em parafina, os cortes corados com H&E, foram selecionadas 30 biópsias e separadas em 3 grupos: lesöes sem displasia (n=10), lesöes com diferentes graus de displasia (n=10) e carcinoma espinocelular invasivo(n=10). As lesöes que apresentaram displasia epitelial foram classificadas de acordo com os critérios histopatológicos propostos por Van Der Waal. As lesöes foram investigadas para a presença de HPV por hibridizaçäo in situ com sondas biotiniladas de amplo espectro, 6/11 e 16/18. HPV 16/18 foi detectado em 20 por cento (n=2) das biópsias com displasia severa. A presença de HPV 16/18 em lesöes malignas sugere sua importância como fator de risco na carcinogênese oral

Papilomavírus humano (HPV) em lesões benignas e malignas de mucosa oral pelos métodos de imuno-histoquímica e hibridização in situ / Human papillomavirus (HPV)in benign and malignant oral lesions by immunohistochemistry and in situ hybridization methods

Quinze biópsias orais com diagnóstico histopatológico de papiloma (n=7), e carcinoma espinocelular invasivo (n=8) foram investigadas para a presença do papilomavírus humano (HPV) por imuno-histoquímica (IHQ) e hibridização in situ (HIS). As proteínas do capsídeo viral foram avaliadas por imuno-histoquímica com anticorpo policlonal e o DNA do vírus analisado por hibridização in situ com sondas biotiniladas de amplo espectro, 6/11 e 16/18. O HPV foi detectado por IHQ em 13 por cento (n=2) e, por HIS, em 60 por cento (n=9) das lesões orais. As duas biópsias positivas na IHQ também foram positivas para a presença do DNA de HPV 6/11. Além disso, o HPV 16/18 foi encontrado em 20 por cento dos carcinomas orais e em 7 por cento dos papilomas, enquanto o HPV 6/11 foi detectado em 7 por cento dos carcinomas e 26 por cento dos papilomas. Pode-se concluir deste estudo que a reação imuno-histoquímica é pouco sensível para o diagnóstico de HPV e que a presença do HPV 16/18 em lesões benignas e malignas sugere a participação deste vírus na carcinogênese oral.

Estudo comparativo de métodos utilizados para obtençäo de diferentes células em lavado nasal de voluntários residentes na cidade de Araraquara - SP / A comparative sudy of the methods used for the recovery of different cells in the nasal lavage among volunteer personal in the city of Araraquara, SP

Dentre os efeitos que a poluiçäo causa à saúde humana, a irritaçäo da mucosa exposta é o evento mais recente e também o mais óbvio. A mucosa, sob contínua agressäo de poluentes dispersos em aerossóis, apresenta processo inflamatório. Os habitantes de Araraquara, SP, estäo expostos à queima de cana-de-açúcar em quase todos os meses do ano. Este poluente é também responsável por danos à mucosa nasal. A maior dificuldade para o estudo de células em lavado nasal é a recuperaçäo celular, pois o muco as mantém firmemente aderidas, impedindo sua quantificaçäo adequada. Este estudo propöe a avaliaçäo de dois métodos para a recuperaçäo de células no lavado nasal de 26 voluntários, o método clássico modificado utilizando os mucolíticos N-acetilcisteína e ditiotreitol. O melhor método de recuperaçäo de leucócitos(P=0,038; p<0,05) e hemácias (P=0,0435, p<0,05) foi o da agitaçäo. Para células epiteliais, os dois métodos mostraram-se semelhantes em eficiência (P=0,865, p>0,005). Entretanto os mucolíticos N-acetilcisteína e ditiotreitol comprometem a arquitetura celular, dificultando sua análise morfotintorial. Em conclusäo, o método da agitaçäo mostrou-se mais eficiente para a recuperaçäo de leucócitos e hemácias em lavado nasal, enquanto para células epiteliais ambos os métodos mostraram-se eficientes.